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HIPOCLORITO DE SÓDIO: TOXICIDADE E ACIDENTES ODONTOLÓGICOS

Claudemir de Carvalho, Fabíola Guedes Cardoso, Cinthia Vasconcelos Aguiar Faria, Silvia Maria Rodrigues Querido, Mônica Maria Vieira Santiago Fonseca

Resumo


O tratamento do canal radicular compreende uma sequência de etapas delicadas cujo objetivo é devolver a saúde e a função do dente afetado. O uso de soluções antissépticas ou antibacterianas é essencial para a destruição das bactérias e limpeza do canal radicular infectado. Várias soluções são usadas na rotina da prática endodôntica, dentre as quais, o hipoclorito de sódio é o irrigante mais comumente usado. É sabido que o hipoclorito de sódio apresenta toxicidade celular e tecidual e que muitas complicações podem resultar da extrusão do produto além do ápice da raiz. Assim, este estudo teve por objetivo investigar a toxicidade deste irrigante e os acidentes ocorridos durante irrigação do canal radicular. Para isso foi realizada uma busca na literatura, por trabalhos publicados nos últimos dez anos que mostrassem experimentalmente a toxicidade do hipoclorito. Também foram buscados relatos de casos de acidentes em decorrência do uso de hipoclorito de sódio no tratamento. A literatura consultada mostrou que mesmo nas concentrações usadas na terapia endodôntica, o hipoclorito de sódio é tóxico para vários tipos celulares, reduzindo parcial ou totalmente a viabilidade celular. Além disso, a extrusão deste irrigante pelo forame apical resulta em uma série de complicações que podem involuir rapidamente ou demandar mais tempo e cuidados. Por tratar-se de um irrigante considerado padrão ouro na limpeza e desinfecção do canal radicular, seu uso é tido como essencial pela maioria dos pesquisadores, o que exige cuidados específicos e atenção do profissional durante o seu uso.


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